Charles Chaplin
sábado, 21 de junho de 2008
segunda-feira, 16 de junho de 2008
O BURACO...

Tenho andado à procura da cura prá toda essa falsidade, o buraco não é falso, essa falsa presença, o buraco não é falso, essa falsa alma, o buraco não é falso, essa falsa ânsia, o buraco não é falso, esse falso amor, o buraco não é falso, essa falsa vontade, o buraco não é falso, esse falso ardor, o buraco não é falso, essa falsa busca, o buraco não é falso, essa falsa falta, o buraco não é falso, essa falsa grandeza, o buraco não é falso, essa falsa alegria, o buraco não é falso, alegria vazia, o buraco é vazio, sem amor, o buraco é indiferente, sem alma, o buraco é desalmado, sem graça, o buraco é seco, superficial, o buraco é profundo, babaca, o buraco tem raiz, farsante, o buraco é o buraco, trapaceira, o buraco é nu e cru, de alguém que nem viveu, o buraco já morreu... mas já tá no buraco... O buraco é de verdade... O buraco é de verdade.
quinta-feira, 12 de junho de 2008
quinta-feira, 5 de junho de 2008
MARRONZINHO: SONHANDO NO CAOS
Tive uma visão tão esquisita e comovente hoje ao passar pela Av. Boulevard Álvaro Maia, que resolvi registrar. Não ando muito atraída por animais ultimamente, até prefiro não tê-los para me economizar trabalho, tempo e energia, mas Marronzinho tocou minha alma duma maneira quase humana. Passei de carro em frente a um bar bem muquifo e um cachorro marrom estava deitado na rua em frente ao bar, perto do meio fio, desafiando a própria vida dum jeito tão tranquilo que fiquei impressionada... Tinha o pêlo tão brilhante que se não fosse a sujeira, diria que tinha uma casa e um dono. Ele estava deitado de bruços com a cabeça sobre as dianteiras e as traseiras bem relaxadas, assim esticadas no chão... Uma caaaaalma... A ponto de perder a cabeça esmagada por algum louco distraído ou perverso a qualquer momento. Em que será que pensava? Imaginei que talvez estivesse sob o som inconsciente da 9ª Sinfonia de Beethoven, em uma espécie de paraíso dos cachorros, em um campo de flores amarelas enorme, estendido até onde a vista alcança, com vários cachorrinhos e cachorrões, brincando e dançando sublime ballet em câmera lenta, assim muito leve e devagar.... Que sonhos caninos o adormeciam? Que bons fluidos o acalmavam em meio ao caótico trânsito de carros, motocicletas, ônibus, caminhões e bicicletas?? Que anjos canídeos o protegiam? Que fé animal o mantinha tranquilo e vivo?? Não sei se Marronzinho teve um fim, mas resolvi dar-lhe o nome, prá nunca me esquecer dele... De sua coragem e tranquilidade em meio ao caos. Olhei-o por segundos apenas, mas sua imagem será eterna em minha lembrança...
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