segunda-feira, 27 de março de 2023

Vai tudo virar partícula divina no final - Um lampejo de luz na pandemia.

 


        Vai tudo virar partícula divina no final. Experiência divina de recepção e receptáculo de energia luminosa amarela linda. Virando montanha. Firme na base. Conectada com a Terra e com o céu. Um cilindro amarelo de luz entrando do céu pela coroa e saindo pela raiz para o centro da terra. Sensação de eternidade e pequeneza. Um ponto luminoso no espaço. Sensação de finitude na 3D e infinitude no universo. Firme como uma montanha. Uma coruja se queima no fogo. Saudades do meu pai. Voltaria a vê-lo? Onde estaria e como? Um amor imenso por todas as criaturas amadas da minha vida. Entendimento da oportunidade única de estarmos aqui vivos nesse corpo de carne perecível. Clara me proporcionou essa visão. Todos os seres precisam ser honrados pelo papel que desempenham na vida uns dos outros. Meus amigos me são raros. Minha filha me é rara. Minha família me é rara. Meu companheiro me é raro. Meu genro me é raro. Meus amigos animais me são raros. E um amor infinito por todas as criaturas se desmancha pelo meu rosto em lágrimas de amor. As salamandras dançando ao som da 6ª Sinfonia. A chama queimando o velho e inaugurando o eterno. Nova lente, novo conhecimento. Nova experiência. Novo olhar. Obrigada meu pai e minha mãe pelas bênçãos sagradas de me tornar matéria e aspirante à luz eterna. Muita muita gratidão. A imensidão acolhe e amedronta. Pelo tamanho indescritível. Por não saber o que se torna no pós morte. Olhar para todas as criaturas como deuses e deusas, detentoras das lições que preciso aprender, dos estímulos que preciso ter para consertar minhas células danificadas. Para recuperar o brilho e a saúde. Humildade, tolerância e sabedoria. O mais simples é o mais puro. O mais viável. O mais humano. O mais amoroso. O mais difícil. Quanto maior a conexão com a materialidade, mais placas de concreto se grudam à essência, úmida, sensível, sagrada. O caminho de retorno para a evolução fica mais difícil, porém sempre viável e disponível. Basta a criação da consciência que explica a questão dos motivos. Por que estou aqui? O que vim fazer? Qual é o meu propósito? E manter a consciência da respiração acesa a todo o momento. Respirar. Ouvir. Ver. Sentir na pele. Estar no momento presente do aqui e agora. É tudo o que temos e por isso se chama "presente". Os grandes mestres vieram de ou passaram pelo Tibet. Os grandes segredos, ensinamentos e chaves estão armazenados no Tibet. E sem disso saber, há 8 anos, tive meu primeiro contato com os estudos budistas tibetanos  bodhisatva e me senti em casa. Acolhida. Instigada. Em família. Foi sofrido aprender e libertador compreender o funcionamento das leis cósmicas e da coemergência observador/observado. Julgamentos carregados de parcialidade e autopiedade egóica. Conhecimentos valiosos e eternos que transmutam dor e sofrimento em amor e paz.. Entendimento básico da lógica da vida, da existência e do planeta. Um amor imenso pelas criaturas. Uma saudade imensa dos meus amados, amadas e amades. Virar estrelinha. Amar a todes com a consciência de que um dia isso tudo acaba e morreremos para a eternidade. O medo da morte aprisiona. Pulsões de morte intermináveis. Desejos supérfluos que morrem como numa roda interminável de criação e morte, criação e morte. criação e morte. Insaciedade crônica da alma que se traduz em um buraco negro de carência, solidão e pensamentos equivocados. Então há medo da morte. Porque a vivência de mortes sucessivas traz a sensação de morte eterna. Um saco sem fundo. Que não para em pé. Uma sensação de fome e sede sem fim. Fantasmas famintos. Zumbis vorazes. Uma sobrecarga de coisas que não fazem parte do eterno e das leis do universo. Aqui entram as polaridades. Alimentar o corpo físico e o espírito. Alimentar o que é eterno. Achar os caminhos do meio. Sair das pulsões de morte e passar a trabalhar com as pulsões de vida. Sair das bolhas. Seguir o mais observador quanto possível. Poucas palavras. Mais respiração e percepção. Ouvir mais do que falar. Vigiar os pensamentos e expulsá-los quando invasivos e inúteis. Aqui nessa casa mental não entra pensamentos indiscriminados e a própria mente é quem delibera sobre isso. Ser senhor do seu repertório e perspectiva de vida. Viver conforme valores eternos, conforme os atributos das centelhas divinas. O ego precisa caber amorosamente no bolso, delimitado firmemente pela humildade. A decadência civilizatória é fato constituinte da história dos povos na humanidade. Emergência, florescimento, frutificação, expansão, ganância, decadência generalizada e morte. O velho precisa morrer e habitar outro corpo. Outro planeta. Um corpo que seja utilizado como instrumento de evolução e não como norte da existência. Não é sobre corpo essa vida. Mas sobre espírito. E temos o corpo como recurso energético de cura e transmutação de forças. Precisamos cuidar desses aparelhos de aceleração evolutiva que se chamam corpos físicos. Quanto mais cuidado com ele, maior será a chance de prolongar a oportunidade única de viver durante o período de transição planetária de Gaia, curando as células danificadas pelo desamor e pela incompreensão e que precisam se refazer para um novo mundo. Uma nova frequencia. Um novo pensar. Mas ele só chega onde há espaço. Como querer roupas novas quando o armário está lotado de coisas velhas sem futuro? Transmutar todo um sistema de crenças equivocadas para transcender o ego. Meditar disciplinadamente. Olhos e ouvidos bem abertos. Bocas bem fechadas se não houver alinhamento com algo útil. E, principalmente, cultivar o silêncio interno e a paz do momento presente para perceber os sinais do universo. Amor e respeito a toda a criação. Amor e respeito a si, ao corpo físico. Amor e respeito ao outro. Amor e respeito aos budas que aparecem em nossa caminhada para nos ensinar conhecimentos-chave para a descoberta dos mistérios de dentro e de fora. Assim como é em cima é embaixo. Ouvir o vento. Sentir o cheiro da chuva. Pisar com os pés descalços no chão. Rolar no chão. Beijá-lo. Acariciá-lo. Entregar-se a ele com amor e confiança. Reverenciar os sangues que por ali passaram. Lutar o bom combate. Dançar quando sentir vontade. Perdoar e pedir perdão setenta vezes sete vezes. Porque o erro faz parte do processo de aprendizagem e deve-se ser mais compassivo consigo mesmo e com o outro. Muitas lutas, muito suor, muito sangue e muitas lágrimas envolvidas na nossa existência, até que chegássemos até aqui. Somos sobreviventes, guerreiros de luz que andaram pelos vales da morte, da ganância e do egoísmo. Honremos nossa trajetória. Hora de aprender com o passado e recriar um novo sistema de crenças para o bem viver, para a alegria e para a cooperação. Que as bênçãos de nosso divino e amado mestre Jesus estejam em cada coração. Que o querido Arcanjo Miguel nos proteja de todo e qualquer mal. E que venha o tempo onde os humilhados serão exaltados. E que não sejam ouvidas as palavras dor, fome e sofrimento pelas pessoas e nações da Terra. E que a prosperidade e a abundância se vejam em cada esquina. No mesmo dia em que o ser humano confiará em outro ser humano tal como a palmeira confia no vento, parafraseando o poeta amazonense Thiago de Melo. Que venha o resplandecer do despertar da consciência em massa para a quinta dimensão no planeta Terra. Que os canais estejam abertos. Que o amor seja a lei. Gratidão. Ayawaska, Brasília, 17/10/2020.